Livros Sagrados do Judaísmo
Torah
Tudo começa com a Torah (do hebraico תּוֹרָה, significando instrução, apontamento), que foi dada ao Moisés (em hebraico: מֹשֶׁה; moderno: Moshe; que significa tirado das águas) pelo próprio Deus no Monte Sinai. Ela contém os cinco primeiros livros da Bíblia que são nomeadas de acordo com a primeira palavra de seu texto:
|
בראשית
שמות
ויקרא
במדבר
דברים
|
Bereshit
Shemot
Vayikrah
Bamidbar
Devarim
|
No princípio conhecido pelos não-israelitas como Gênesis
Os nomes ou Êxodo
E chamou ou Levítico
No deserto (ermo) ou Números
Palavras ou Deuteronômio
|
De acordo com o processo de fabricação, são chamadas de:
Também é chamada de Pentateco, do grego, "os cinco rolos".
|
Sefer Torá
|
Tanakh
Tanakh ou Tanach (em hebraico תנ״ך) é um acrônimo utilizado dentro do judaísmo para denominar seu conjunto principal de livros sagrados. O conteúdo do Tanakh é equivalente ao Antigo Testamento, porém com outra divisão. De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros. A palavra Tanakh é formada pelas sílabas iniciais das três porções que a constituem, a saber:
Título
תורה
נביאים
כתובים
|
Torá
Neviim
Ketuvim
|
Descrição
O mais importante dos livros do judaísmo
8 livros conhecidos como Profetas
11 livros conhecidos como "Escritos".
|
Torá ( תורה ) Instrução
(Os 5 de Moisés) (5)
|
Neviim ( נביאים) - Profetas (8)
|
Kethuvim (כתובים) Escritos (11)
|
|
Anteriores (4)
Posteriores (4)
· Os 12 Profetas (conta um)
|
Livros da Verdade (Poéticos)
Os 5 Rolos
Profético
O Resto dos Escritos
|
Talmude
O Talmude (em hebraico: תַּלְמוּד, transl. Talmud) é um livro sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. Tem dois componentes:
1) Mishná (em hebraico משנה, "repetição", do verbo שנה, ''shanah, "estudar e revisar"), o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; Provém de um debate entre os anos 70 e 200 da Era Comum por um grupo de rabínicos conhecidos como 'Tanaim' e redigida pelo Rabino Judá HaNasi, que terminou sua obra no ano de 189 EC. A razão da sua transcrição deveu-se à perseguição dos judeus pelos romanos e à passagem do tempo trazendo a possibilidade de detalhes das tradições orais serem esquecidos.
|
A Mishná está ordenada em seis ordens (em hebraico sedarim, plural de seder, סדר), cada uma contendo 7 a 12 tratados (masechtot, plural de masechet, מסכת, "rede"). As seis ordens são:
- Zeraim ("Sementes"), discute sobre rezas e bênçãos, dízimos e leis agrícolas (11 tratados).
- Moed ("Festival"), referente às leis do Shabat e das Festas Judaicas (12 tratados).
- Nashim ("Mulheres"), acerca do casamento e divórcio, algumas formas de juramentos e as leis do nazir (7 tratados).
- Nezikin ("Danos"), ocupa-se da lei civil e criminal, o funcionamento dos tribunais e juramentos (10 tratados).
- Kodashim ("Coisas Sagradas"), acerca dos rituais de sacrifícios, as actividades do Templo e as leis alimentares (11 tratados).
- Tahorot ("Purezas"), relativo às leis de pureza e impureza, incluindo a impureza do morto, as leis da pureza ritual dos sacerdotes ('Cohanim'), as leis da "pureza familiar" (as leis menstruais) e outras (12 tratados).
2) Guemará, (do aramaico גמרא gamar; literalmente, "estudar" ou "aprender por tradição") contém os comentários e análises rabínicas da Mishná. Depois da publicação da Mishná pelo Judá haNasi, conhecido como "o Príncipe" (cerca do ano 200 da Era Comum), o seu trabalho foi estudado exaustivamente geração após geração por rabinos na Babilónia e na Terra de Israel. As suas discussões foram escritas numa série de livros que se tornaram a Guemará,
Resumo
1) Ensinamentos Escritos
|
2) Ensinamentos Orais, que foram posteriormente escritos
|
Curiosidades
Zohar
O Zohar (em hebraico זהר, "esplendor") é considerado como um dos trabalhos mais importantes da Cabalá, no misticismo judaico. E faz parte dos livros que seriam canônicos para os judeus. Trata-se de comentários místicos sobre a Torá.
O Zohar teria aparecido primeiro na Espanha, no século XIII, e foi publicado por um escritor judeu, o rabino Moisés de León (Moshe ben Shem-Tov).[1] De León atribuía o trabalho a um rabino do século II, Shimon bar Yochai, que foi uma verdadeira lenda judaica durante a época da perseguição romana.
Um historiador do século XX, Gershom Scholem, com base em contos contemporâneos de De León e em evidências contidas nos textos do Zohar (sintaxes do idioma espanhol, por exemplo) concluiu que De León teria sido o seu verdadeiro autor. As suspeitas surgiram pelo fato de o Zohar se referir a eventos históricos de um período pós-talmúdico, embora supostamente o texto fosse de uma época anterior. Isto fez com que o autoria fosse questionada desde o início. Segundo a tradição, após a morte de Moisés de León, um homem rico de Ávila, chamado Joseph, ofereceu à viúva de Moisés de León - que não tinha nenhuma forma de sustento, após o falecimento do marido - uma grande soma de dinheiro pelo original da obra, do qual seu marido havia feito uma cópia. Então, ela teria confessado que seu marido era mesmo o autor do trabalho e que, por várias vezes, ela havia perguntado o porquê de ele creditar os próprios ensinamentos a outro. O marido sempre respondia que as doutrinas de Shimon bar Yochai, se colocadas publicamente, poderiam ser um trabalho milagroso e também uma rica fonte de lucros.
Midrash
Midrash (em hebraico: מדרש; plural midrashim, "história" de "investigar" ou "estudo") é um método da formação da pregação e interpretação da bíblia. O Midrash é uma maneira de interpretar histórias bíblicas que vai além de simples destilação de ensinamento religioso, legal ou moral. Ele preenche muitas lacunas deixadas na narrativa bíblica sobre eventos e personalidades que são apenas insinuados.
Texto massorético
Em torno do século VI, um grupo de competentes escribas judeus (os "massoretas" messorah (מסורה, alt. מסורת) e indica "tradição") teve por missão reunir os textos considerados inspirados por Deus. Escrito em hebraico antigo, com letra quadrada, os massoretas levantaram a pronúncia tradicional do texto de consoantes ( o hebraico não tinha vogais), graças a um sistema de pontuação, a pontuação massorética, (nekudot - do Hebraico: נְקֻדּוֹת, significa "pontos") inventado para atender a acentuação vocálica. Com isso, eles padronizaram a pronúncia das palavras do texto, tornando-o igual para qualquer pessoa que o lesse após a época em que iniciou-se a compilação.
Yad
Yad ou iad (em hebraico: יד), literalmente "mão", é um apontador ou ponteiro ritual judaico utilizado no acompanhamento do texto sagrado em pergaminho durante a leitura da Sêfer Torá. O apontador é utilizado em razão da proibição religiosa de se tocar a Sefer Torá. Além disso, o yad garante que o pergaminho, muito frágil, não seja danificado.
|
Referências
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Tor%C3%A1
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Tanakh
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Talmude
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Mishn%C3%A1
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Guemar%C3%A1
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Texto_massor%C3%A9tico
· https://en.wikipedia.org/wiki/Niqqud
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Zohar
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Yad
Teodoro Ribeiro em 18 de janeiro de 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário